24 julho 2009

Ad eternum


Sou da opinião que cada idade tem seus comportamentos e pensamentos típicos... Poderia dissertar sobre cada faixa etária e, por isso, referir e reflectir sobre todos os aspectos que preocupam ou relevam para cada ser humano que se encaixe nas ditas faixas etárias... Mas por experiência própria apenas estou em posição de comentar as inquietudes da juventude.

Mas a juventude será o quê? Não sei e parece-me mais importante e relevante vivê-la do que entendê-la. Viver um turbilhão de sentimentos e emoções que nos confundem o cérebro e o coração, a sede de liberdade, de experiência, de novidade... O estádio em que se cometem as maiores "tolices" e em que só se valoriza a vontade e não tanto a racionalidade, os tempos em que se quer tudo e ao mesmo tempo não se quer nada, a instabilidade da indecisão e da vontade de ter, experimentar e viver tudo, o "medo" de perder uma emoção forte e a época em que só o presente influencia, o passado lá foi e para o futuro há tempo. Quando se é jovem é-se reaccionário, "dono" do mundo e da razão, idealista, a nossa palavra e as nossas ideias valem tudo e as certezas são absolutas, queremos experiências novas e viver tudo de uma só vez, não perder nada à custa da convicção de que a juventude não é eterna e tem que ser bem aproveitada. Sonha-se com um mundo histericamente perfeito e com o prolongamento eterno dessa condição abafadora que é a juventude. Juventude é movimento, vida, emoção, gragalhadas estremecedoras, gritos ensurdecedores, suspiros vindos directamente do coração... Temos opiniões e conceitos muito próprios e formas de ser/estar bastante peculiares. Quem me dera ser sempre e pra sempre jovem...


"Nos olhos do jovem arde a chama, nos olhos do velho brilha a luz."(Victor Hugo)
ou
"De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar." (Platão)

1 comentário:

  1. Concordo inteiramente com a opinião, até para que mais tarde não sejamos velhas nostálgicas.
    Contudo ...,
    Contudo ... tudo tem o seu equilíbrio, e esse é que é importante e primordial para que, sem esquecer a condição irresponsável e selvagem de jovem, para quem só importa o presente, se construa no "hoje" o dia de amanhã.
    Prosaicamente diz-se "quem bem faz a cama, bem se deita nela", (isto parecem as liçôes de leitura do meu tempo de primária em que havia sempre a parte do: "moral da história".
    Em súmula, penso que és adepta do "Carpe diem". Concordo, mas com a necessária cerebralização de cada dia.
    Irreverencia, alegria, juventude, responsabilidade, presente e futuro são conceitos que se interligam.
    O que fazemos hoje, qual karma, vai reflectir-se no nosso dia de amanhã.
    Assim, age hoje como uma jovem divertida, alegre, que celebra a vida, mas que em todas as suas atitudes vê a necessidade de fazer o seu PPR, porque o amanhã será sempre o resultado do que fizeste do teu hoje.
    Viver porque estou viva, sim, mas pensando que te vais manter viva muitas décadas, e que a tua imagem permanecerá mesmo para além disso.
    beijo ... no coração, claro!
    GS (sénior)

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