16 julho 2010



"Mas o mais corajoso homem entre nós tem medo de si próprio. A mutilação do selvagem sobrevive tragicamente na autonegação que nos corrompe a vida. Somos castigados pelas nossas renúncias. Cada impulso que tentamos estrangular germina no cérebro e envenena-nos. O corpo peca uma vez, e acaba com o pecado, porque a acção é um modo de expurgação. Nada mais permanece do que a lembrança de um prazer, ou o luxo de um remorso. A única maneira de nos livrarmos de uma tentação é cedermos-lhe. Se lhe resistirmos, a nossa alma adoece com o anseio das coisas que se proibiu, com o desejo daquilo que as suas monstruosas leis tornaram monstruoso e ilegal. Já se disse que os grandes acontecimentos do mundo ocorrem no cérebro. É também no cérebro, e apenas neste, que ocorrem os grandes pecados do mundo."


("O Retrato de Dorian Gray", Oscar Wilde)

28 junho 2010

Num contexto mais ecologista

É uma vergonha como em pleno século XXI ainda há pessoas e países que se dizem civilizados, e que no entanto conseguem concretizar verdadeiros atentatos contra animais, massacrando de forma incessante golfinhos e baleias. Vídeos como este (apresentado na Comissão Baleeira Internacional, que aconteceu em Agadir) deviam ser divulgados para que consigam surtir algum efeito.

12 junho 2010

11 junho 2010

09 junho 2010


"Num dia cinzento, frio, de alguma forma apático, o piano estava parado, talvez a pedir que lhe "dessem música" e que não o deixassem na solidão da penumbra que forrava a sala "revestida" de madeira.

A preguiça dos pássaros tornava o dia sonolento e a falta de luminosidade prendia os gestos, deixando a liberdade de movimento adstrita ao cérebro.

Mas não deixes que a desistência faça parte do teu vocabulário! Reage com força, com determinação e vai à luta, perder não pode ser hipótese nem pode ter significado no dicionário! Senta-te ao piano..."

08 junho 2010

Sê paciente; espera
Que a palavra amadureça
E se desprenda como um fruto
Ao passar de um vento que a mereça
Eugénio de Andrade

27 maio 2010


"(...) As expressões faciais atropelavam-se, os músculos oculares faziam movimentos involuntários incessantemente contraditórios, as mãos suavam e os joelhos estavam presos, ou pareciam. A memória fotográfica atriçoa o esforço de lembrança dos corredores que teriam milhões de kms e seriam pálidos, desmaiados, quase incolores e totalmente inodoros. De repente o cérebro quase pára e o corpo pede o calor de um abraço de força, a alma precisa de ajuda e o espírito procura uma saída. Os sapatos calcam o chão que se assemelha a um colchão de espuma, tal é a sensação de fraqueza que perturba o caminhar.

O ar que inspirava parecia tão leve que nem sequer as vias respiratórias davam sinal dele, em movimentos ascendentes e descendentes. O palato tinha desaparecido e o tacto talvez estivesse no buraco negro, ou lá perto, quem sabe... Talvez os sentidos tivessem tirado férias e tivessem deixado o corpo fazer sozinho a custosa viagem, qual caixote de mercadorias pousado num tapete rolante para entrega no quarto 215. (...)"

21 maio 2010

"Take all your big plans

And break 'em

This is bound to be a while"

20 maio 2010


"You may not be her first, her last, or her only. She loved before she may love again. But if she loves you now, what else matters? She's not perfect, you aren't either, and the two of you may never be perfect together but if she can make you laugh, cause you think-twice, and admit to being human and making mistakes, hold onto her and give her the most you can. She may not be thnking about you every second of the day, but she will give you a part of her that she knows you can break her heart. So don't hurt her, don't change her, don't analyze and don't expect more than she can give. Smile when she makes you happy, let her know when she makes you mad, and miss her when she's not there."
(Bob Marley)