Boas Recordações

Há experiências na vida que podemos considerar únicas. Para mim, viagens são, entre outras coisas, realmente experiências únicas. Todos os anos "a neve" me deixa saudades e todos os anos me custa dizer-"lhe" "até para o ano"; despedir-me da sensação de liberdade e da solidão que nos acompanha durante dez minutos cheios de adrenalina... Londres deixa saudades, aquele mundo novo e diferente, "The Phantom of the Opera", o Hyde Park com o o speaker's corner, Park Lane, a oferta de trabalho numa oficina de pianos de Camden, os beefeaters, o taxista que diz adeus e manda beijos, o louco que olha e se ri de todos, a mão dada ás estátuas de rua, a despreocupação em ser-se único e diferente, os olhares de reprovação que não existem... A praia deixa saudades, o cheiro a marezia, o sol, o mar, chegar a casa com quilos de areia nos sapatos, o cheiro a protector solar e o cabelo, que vai clareando, carregado de sal... Os petrodólares e o luxo de Marbella, o cinzento de Gibraltar, a monumentalidade de Madrid, a organização de Zurique, os relógios de Schaffhausen, a estranheza do Lichtenstein... Barcelona, desde há seis anos que deixa saudades (ainda deixa, pois é), aquela diferença calorosa do povo espanhol, a arte maravilhosa de Gaudi, Montjuic, o Parque Guell, a torre Agbar, a Avenida Diagonal, todas aquelas pessoas que vemos na rua que são autênticas, a diferença...

Há tantas recordações associadas a cada lugar que visitamos... Poderemos reviver esses momentos?